Quando é hora de levar seu filho ao oftalmologista?

Muitas dificuldades escolares ou comportamentais nas crianças podem estar ligadas a problemas de visão. Por isso, é fundamental que pais e responsáveis estejam atentos aos sinais e saibam quando buscar ajuda especializada.

“A criança nem sempre consegue dizer que está com dificuldade para enxergar. Por isso, o olhar atento dos pais e a orientação do pediatra fazem toda a diferença para garantir um diagnóstico precoce e um bom desenvolvimento visual”— alerta a pediatra da Clin Kids, Dra. Laís Potenza.

Fique de olho em sinais como:

  • Aproximar o rosto da TV, celular ou livros
  • Dificuldade para enxergar de longe
  • Lacrimejamento frequente ou olhos vermelhos
  • Desvio nos olhos (estrabismo)
  • Dores de cabeça após esforço visual
  • Perda de interesse por atividades que exigem foco
  • Queda no desempenho escolar

“Ao notar esses comportamentos, o ideal é conversar com o pediatra, que poderá fazer uma avaliação inicial e, se necessário, encaminhar para o oftalmologista”
— reforça a pediatra.

E quando levar mesmo sem sintomas?

  • Até 1 ano: rastreio visual na consulta pediátrica
  • 2 a 3 anos: avaliação de desenvolvimento visual
  • 5 anos: antes da fase de alfabetização
  • Após os 6 anos: uma vez ao ano ou conforme necessidade

Mesmo na ausência de sintomas, o acompanhamento oftalmológico é parte importante do cuidado integral com a saúde infantil.

Converse com seu pediatra durante as consultas de rotina e, se necessário, ele indicará a melhor conduta.

Dra. Laís Potenza
Pediatra e Plantonista do Pronto Atendimento da Clin Kids

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Meningite: saiba como identificar os sinais e proteger seu filho

A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal — e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. A forma bacteriana é a mais grave e exige atendimento médico imediato, especialmente em crianças pequenas.

Sinais que merecem atenção

Nos bebês e nas crianças, os sintomas podem ser sutis no início, mas evoluem rapidamente. Os mais comuns incluem:

  • Febre alta
  • Irritabilidade ou choro persistente
  • Sonolência excessiva ou dificuldade para acordar
  • Rigidez na nuca
  • Convulsões
  • Manchas vermelhas pelo corpo (em estágios mais avançados)

“Mesmo sinais inespecíficos, como febre e sonolência, podem ser os primeiros indícios. Por isso, qualquer mudança no estado geral da criança deve ser levada a sério”, explica Dra. Denise Bedoni, pediatra da Clin Kids.

A vacina é a principal forma de prevenção

A boa notícia é que existem vacinas eficazes contra os principais agentes da meningite, como as bactérias meningocócicas, pneumococos e o Haemophilus influenzae tipo B.

“As vacinas meningocócicas C, ACWY e B, além da Pneumocócica 10/13 e a Hib, são essenciais no calendário infantil e devem ser aplicadas nos prazos corretos. Também é importante atualizar doses em crianças mais velhas e adolescentes”, orienta a Dra. Denise.

Diagnóstico precoce salva vidas

O diagnóstico costuma envolver exame clínico, exames laboratoriais e, em casos suspeitos, punção lombar. O tratamento é feito com antibióticos e suporte hospitalar, podendo ser necessário internamento.

“A meningite pode evoluir em poucas horas. Por isso, o reconhecimento precoce dos sintomas e a busca por atendimento rápido fazem toda a diferença”, reforça a pediatra.

Dra. Denise Bedoni
Diretora Clínica da Clin Kids
Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Suspeita de meningite? Não espere.
Nosso Pronto Atendimento Pediátrico conta com equipe especializada e estrutura pronta para acolher e cuidar do seu filho com agilidade e segurança.

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Chocolate para crianças: quando oferecer e quanto é seguro consumir?

A chegada da Páscoa costuma vir acompanhada de uma avalanche de ovos de chocolate e guloseimas — o que costuma gerar dúvidas importantes nos pais: a partir de que idade meu filho pode comer chocolate? Qual a quantidade ideal? Como evitar exageros?

Segundo o Dr. André Ruzzi, endocrinologista pediátrico do Centro de Tratamento da Obesidade Infantil da Clin Kids, o segredo está no equilíbrio: “Não precisamos demonizar o chocolate. Ele pode fazer parte de uma infância saudável, desde que seja introduzido na idade certa e com moderação. O problema é quando ele deixa de ser exceção e vira rotina no prato da criança.”

A partir de que idade pode?

O ideal, de acordo com a Dra. Luiza Briet, nutricionista esportiva e infantil da Clin Kids, é que o chocolate seja introduzido apenas após os 2 anos de idade.

“Antes disso, o sistema digestivo ainda está em desenvolvimento e o paladar da criança está sendo formado. O chocolate contém açúcar, gordura e cafeína em quantidades que não são recomendadas para menores de dois anos,” explica Luiza.

Quanto é demais?

Para crianças maiores de 2 anos, a recomendação é clara: pequenas porções e consumo ocasional.
“Na prática, uma quantidade entre 20 a 30 gramas por dia, durante a semana da Páscoa, é aceitável,” orienta a nutricionista. “Evite oferecer chocolate todos os dias por semanas. Após o domingo de Páscoa, estabeleça limites e guarde os doces em local fora do alcance da criança.”

Dicas práticas para os pais:

  • Prefira chocolates com maior teor de cacau (acima de 50%) e menos aditivos.
  • Evite versões recheadas, com brinquedos ou muito açúcar.
  • Troque parte do chocolate por frutas ou outras opções saudáveis nas cestinhas.
  • Ensine seu filho a saborear o doce, comendo devagar e prestando atenção ao sabor.

“É importante lembrar que a Páscoa é uma celebração de afeto e união. O chocolate pode estar presente, mas o que deve prevalecer é o cuidado com a saúde da criança e o vínculo afetivo nas refeições em família,” finaliza o Dr. André.

Se tiver dúvidas ou notar comportamentos alimentares preocupantes, como compulsão por doces ou excesso de peso, procure o time multidisciplinar da Clin Kids. Nosso Centro de Tratamento da Obesidade Infantil está pronto para orientar sua família de forma individualizada e acolhedora.

Dr. André Ruzzi
Endocrinologista Pediátrico

Dra. Luiza Briet
Nutricionista Infantil

O que é a “Doença do Beijo”?

Hoje vamos explicar um termo curioso e bem popular: a famosa “Doença do Beijo”! Esse é o nome informal para a mononucleose infecciosa, uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV).

Por que ganhou esse apelido curioso?

É que o vírus passa de pessoa para pessoa principalmente pela saliva – daí o “beijo” no nome. Além disso, pode ser transmitido por objetos compartilhados como copos, talheres ou garrafinhas.

Como identificar a mononucleose?

Os sintomas mais comuns são:

  • Febre
  • Dor de garganta intensa
  • Gânglios inchados, especialmente na região do pescoço
  • Muito cansaço e indisposição
  • Pouca vontade de comer

O diagnóstico da mononucleose pode ser feito através de exames específicos solicitados pelo pediatra. Por isso, se perceber algum sintoma diferente, é muito importante buscar atendimento médico rapidamente.

O que fazer se você notar esses sintomas?

A boa notícia é que a doença costuma desaparecer naturalmente em algumas semanas. O segredo é descansar bastante, beber muito líquido e evitar atividades físicas pesadas, pois o fígado e o baço podem ficar temporariamente aumentados.

Aqui na Clin Kids, estamos sempre à disposição para cuidar da sua saúde das crianças!

#ClinKids #DoençaDoBeijo #Mononucleose #SaúdeInfantil

 

Vacina contra a gripe: Na Clin Kids a proteção é para a família toda!

Com a chegada do outono e as mudanças no clima, cresce também o risco de transmissão da gripe, especialmente entre crianças e idosos. Pensando nisso, a Clin Kids inicia amanhã, dia 02 de abril, sua campanha anual de vacinação contra a gripe com a vacina tetravalente, que protege contra quatro tipos do vírus: H1N1, H3N2 e dois tipos de Influenza B.

“Escolhemos trabalhar com a vacina tetravalente porque ela oferece uma cobertura mais ampla e eficaz, protegendo de forma mais completa as crianças a partir dos 6 meses de idade e adultos, além de reduzir significativamente o risco de complicações graves, como pneumonia e internações hospitalares”, explica Dra. Denise Bedoni, pediatra da Clin Kids.

Além disso, a Clin Kids preparou uma promoção especial para incentivar ainda mais as famílias: na compra de três doses da vacina tetravalente, você ganha 50% de desconto na quarta dose. E para facilitar, nas compras acima de R$300,00 é possível parcelar o valor em até 3x sem juros no cartão de crédito.

É fundamental não deixar a vacinação para a última hora, já que os estoques são limitados. Garanta já a proteção completa para toda a família e passe pelo inverno com mais saúde e tranquilidade.

Para mais informações ou agendamento, entre em contato pelo WhatsApp: (11) 5521-3993.

Clin Kids – O cuidado que você conhece, a qualidade que você confia.

Epilepsia em crianças: como identificar os sinais e quando procurar ajuda?

A epilepsia é uma das condições neurológicas mais comuns na infância — e também uma das que mais geram dúvidas nos pais. Afinal, nem sempre os sintomas são claros, e muitas vezes as primeiras crises passam despercebidas ou são confundidas com outros comportamentos.

Neste artigo do blog da Clin Kids, editoria Guia de Doenças, explicamos de forma simples o que é a epilepsia, como ela se manifesta, como é feito o diagnóstico e quais são as formas de tratamento.

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem se manifestar de várias formas: desde um olhar fixo por alguns segundos até convulsões com perda de consciência e movimentos involuntários.

Segundo a OMS, cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia. E sim, crianças também podem desenvolver a condição.

“A epilepsia pode ter causas genéticas, estruturais, infecciosas ou, em alguns casos, ser de causa desconhecida. Na infância, é muito importante ficar atento a sinais que podem parecer simples, mas indicam alteração na atividade cerebral.”  – explica Dra. Denise Bedoni, pediatra da Clin Kids.

Como a epilepsia aparece nas crianças?

Nem toda crise epiléptica é igual, e nem sempre ela envolve convulsões. Em algumas crianças, a crise se manifesta de forma mais sutil, como um momento em que a criança “desliga”, fica com o olhar parado ou faz movimentos repetitivos com as mãos ou a boca.

Esses episódios podem durar apenas alguns segundos, o que torna o diagnóstico um desafio. Mas são sinais importantes para investigar.

“Às vezes os pais relatam que a criança pisca muito, faz movimentos involuntários durante o sono ou parece ‘viajar’ com frequência. Esses comportamentos precisam ser avaliados com atenção.” – reforça a pediatra.

Quais são os sintomas mais comuns?

Os sintomas de epilepsia podem variar de acordo com o tipo de crise. Entre os mais comuns, estão:

  • Perda de consciência ou desmaios repentinos
  • Olhar fixo e sem resposta
  • Movimentos involuntários de boca, mãos ou membros
  • Contrações musculares rápidas (espasmos)
  • Rigidez corporal
  • Sonolência ou confusão após os episódios
  • Alterações no comportamento e no desempenho escolar

É importante lembrar que nem toda crise convulsiva é epilepsia, e nem toda epilepsia causa convulsões intensas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da epilepsia é clínico, feito a partir da observação dos episódios e do histórico relatado pelos pais. O exame mais utilizado para investigação é o eletroencefalograma (EEG), que analisa a atividade elétrica cerebral.

Em alguns casos, exames de imagem como ressonância magnética também podem ser solicitados.

“Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controlar as crises com segurança e garantir o desenvolvimento saudável da criança.” – complementa Dra. Denise Bedoni.

Epilepsia tem tratamento?

Sim! A epilepsia tem tratamento e, em muitos casos, pode ser completamente controlada com o uso de medicamentos anticonvulsivantes. O acompanhamento regular com o pediatra e, quando necessário, com o neurologista infantil, é fundamental para ajustar as doses e monitorar a evolução.

“Com o tratamento correto, a maioria das crianças com epilepsia leva uma vida normal: frequenta a escola, faz atividades físicas e convive com os amigos.” — comenta a médica.

Quando procurar ajuda?

Se você observou episódios estranhos ou repetitivos no comportamento do seu filho, não espere. Procure um pediatra de confiança. Quanto antes o diagnóstico for feito, mais eficaz será o controle das crises e o acompanhamento do desenvolvimento.

Na Clin Kids, nossa equipe está preparada para acolher, investigar e orientar da melhor forma as famílias que enfrentam essa jornada.

Dra. Denise Bedoni
Diretora Clínica da Clin Kids
Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Infecções Urinárias Frequentes em Crianças: Um Sinal de Alerta para os Rins

As infecções do trato urinário (ITUs) são comuns na infância, especialmente em bebês e crianças pequenas. Embora pareçam um problema simples, quando acontecem com frequência, podem indicar alterações no sistema urinário e trazer riscos para a saúde dos rins.

No Dia Mundial do Rim (13 de março), reforçamos a importância de cuidar da saúde renal desde cedo e entender que, em alguns casos, as ITUs podem ser um sinal de alerta para doenças renais.

Infecção urinária em crianças: por que acontece?

A ITU ocorre quando bactérias entram no trato urinário, podendo atingir a bexiga (cistite) ou, em casos mais graves, os rins (pielonefrite). Fatores como má higiene, retenção urinária (segurar o xixi por muito tempo), constipação intestinal e anormalidades no trato urinário aumentam o risco de infecções repetitivas.

Quando se preocupar?

Se a criança tem infecções urinárias recorrentes, pode ser um sinal de que há algum problema anatômico ou funcional no trato urinário, como refluxo vesicoureteral (RVU), uma condição em que a urina volta da bexiga para os rins, podendo causar danos renais.

Sinais e sintomas da infecção urinária em crianças

Em bebês:
🔸 Febre sem causa aparente
🔸 Irritabilidade e choro ao urinar
🔸 Falta de apetite e ganho de peso insuficiente
🔸 Urina com cheiro forte ou cor alterada

Em crianças maiores:
🔸 Dor ou ardência ao urinar
🔸 Vontade frequente de fazer xixi, mas em pequenas quantidades
🔸 Dor na barriga ou lombar
🔸 Febre e calafrios (nos casos mais graves)

Especialista alerta: “Infecções urinárias repetidas podem levar a cicatrizes nos rins e, a longo prazo, afetar sua função. Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais para evitar complicações”, explica Tatiana Miranda Oliveira, urologista pediátrica da Clin Kids.

Como prevenir infecções urinárias e proteger os rins?

Estimular a hidratação – beber bastante água ajuda a eliminar bactérias do trato urinário.
Evitar segurar o xixi – esvaziar a bexiga regularmente reduz o risco de infecções.
Higiene correta – meninas devem ser orientadas a limpar a região íntima sempre da frente para trás.
Tratar a constipação – intestino preso pode contribuir para o aumento de bactérias na região urinária.
Acompanhar com um especialista – crianças com infecções frequentes devem ser avaliadas por um nefrologista pediátrico.

Se seu filho apresenta infecções urinárias frequentes, agende uma consulta com nossos especialistas. Cuidar dos rins desde a infância faz toda a diferença!

Tatiana Miranda Oliveira

Cirurgiã Pediátrica/Especialista em Urologia Pediátrica pelo Hospital Darcy Vargas, com título de especialista em cirurgia pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

A Jornada de Israel contra a Osteogênese Imperfeita

No Dia Mundial das Doenças Raras, a Clin Kids apresenta um relato comovente e inspirador. Daniela Cordeiro, mãe do Israel – um garotinho forte e corajoso diagnosticado com Osteogênese Imperfeita tipo II, também conhecida como Síndrome dos Ossos de Vidro – compartilha sua trajetória repleta de desafios, conquistas e aprendizados que transformaram a vida dele e de toda a família.

Diagnóstico e os Primeiros Desafios
Durante uma ultrassonografia morfológica, os médicos perceberam que os ossinhos do fêmur do Israel eram mais curtos e apresentavam uma curvatura atípica. Inicialmente, o diagnóstico foi de displasia esquelética, mas apenas cinco dias após o nascimento a condição foi confirmada como osteogênese imperfeita.
A falta de conhecimento sobre a OI entre profissionais de saúde logo se tornou um dos maiores desafios. “Foi surpreendente descobrir o quão pouco se sabia sobre essa condição. Desde então, nossa missão passou a ser compartilhar informações e conscientizar tanto famílias quanto profissionais sobre a real complexidade da doença.”

Vivendo com Cuidado e Coragem
A rotina do Israel é adaptada com muito cuidado. Ele precisa de apoio para atividades cotidianas, como transitar da cama para a cadeira de rodas e realizar pequenas tarefas que exigem uma mobilidade mais protegida. Mesmo diante das limitações impostas pela fragilidade óssea, os pais incentivam-no a superar barreiras e explorar o mundo, sempre com atenção redobrada para prevenir fraturas.
“Cada movimento é planejado, e aprendemos a agir com cautela, sem perder a leveza e a alegria que o Israel traz para nossas vidas”, conta Daniela.

Intervenções Cirúrgicas e a Busca por Qualidade de Vida
Diante do risco constante de fraturas, a equipe médica indicou a cirurgia de colocação das hastes metálicas nos ossos longos – um procedimento fundamental para portadores de OI.
A cirurgia inicial foi realizada na AACD. Quando Israel foi recebido pela instituição, na avaliação global o ortopedista, Dr. Francisco, já identificou a indicação para a colocação das hastes e realizou a solicitação da cirurgia via SUS. Desde o início, sabíamos que essa intervenção traria maior qualidade de vida para o nosso filho, apesar dos receios quanto à cirurgia em si e ao pós-operatório. Graças a Deus e à equipe que operou o Israel, ele teve uma excelente recuperação.
Segundo a Dra. Denise Bedoni, pediatra da Clin Kids:

“A colocação das hastes metálicas é um avanço significativo no tratamento da osteogênese imperfeita. Essa intervenção melhora a estabilidade dos ossos e diminui o risco de fraturas, permitindo que a criança viva com mais confiança e liberdade.”
Após a cirurgia, o próximo passo é o processo de reabilitação pós-cirúrgica, atualmente realizado na AACD Ibirapuera. Uma vez que os membros inferiores estejam bem fortalecidos, o médico que acompanha o Israel planeja a correção cirúrgica dos membros superiores, ampliando ainda mais sua autonomia.

Um Olhar de Inclusão e Suporte Familiar
Para a família, o Israel é visto como um presente e um testemunho de fé. A aceitação da condição veio naturalmente, sem espaço para sentimentos de inferioridade. Na escola, onde estuda, professores, funcionários e colegas foram capacitados para oferecer o suporte necessário, garantindo que ele se sinta acolhido e seguro.
“Treinei professores, funcionários e colegas para lidar com a condição do Israel de maneira sensível e encorajadora. A escola se transformou em um ambiente de inclusão, onde o receio deu lugar à confiança e ao afeto”, relata Daniela.
Além disso, é fundamental que a sociedade entenda que crianças com osteogênese imperfeita são muito mais do que sua condição. Elas são cheias de vida, inteligentes, carinhosas e extremamente resilientes. A OI traz desafios, mas não define quem são. Muitas pessoas acreditam que essas crianças são frágeis demais para brincar, se divertir ou viver uma vida normal, mas, com os devidos cuidados e adaptações, elas podem explorar o mundo, aprender, criar laços e ser incrivelmente felizes. Cada criança é única – enquanto algumas precisam de cadeira de rodas, outras podem andar – e todas merecem respeito e inclusão. Os benefícios que podemos oferecer a uma família não se baseiam em pena, mas em empatia, acolhimento e disposição para aprender, enxergando além do diagnóstico.

Entendendo a Osteogênese Imperfeita
A osteogênese imperfeita é uma doença genética rara que afeta a formação dos ossos, tornando-os frágeis e propensos a fraturas com impactos mínimos. O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar, que inclui fisioterapia, uso de medicamentos como os bisfosfonatos, suplementação nutricional e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas.
Conforme explica a Dra. Denise Bedoni:

“A OI exige cuidados específicos desde o nascimento. A intervenção cirúrgica, aliada à reabilitação contínua, é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pequenos pacientes, permitindo que eles se desenvolvam e superem os desafios impostos pela fragilidade óssea.”
Essa abordagem integrada fortalece os ossos, promove a inclusão social e o desenvolvimento global, demonstrando que o diagnóstico não define o futuro.

Reflexões e Conselhos no Dia Mundial das Doenças Raras
O Dia Mundial das Doenças Raras é essencial para dar visibilidade a condições pouco conhecidas, como a osteogênese imperfeita. É um momento de conscientização e educação, lembrando que, por trás de cada diagnóstico, existem pessoas, famílias e histórias que merecem ser vistas e respeitadas. Esse dia também reforça a importância do acesso a tratamentos adequados, políticas públicas inclusivas e suporte real às famílias.
Muitas vezes, o maior desafio não é a doença em si, mas a falta de informação, infraestrutura e empatia na sociedade, que pode gerar barreiras na inclusão e na qualidade de vida. Quanto mais compartilhamos essas experiências, maiores as chances de superarmos preconceitos e ampliarmos o acesso a recursos.
Para as famílias que estão iniciando essa jornada, um conselho valioso vem do próprio coração de Daniela: “Respirem, acolham seus sentimentos e saibam que vocês não estão sozinhos. O momento do diagnóstico pode ser assustador e cheio de incertezas, mas com o tempo, vocês perceberão que o amor é maior que qualquer laudo médico. Seu filho não é a doença – ele é uma criança incrível, um testemunho de força, amor e superação. Busquem informações seguras, conectem-se com outras famílias e criem uma rede de apoio. Viver um dia de cada vez é o nosso lema!”

Conclusão
A jornada do Israel é um exemplo inspirador de resiliência, amor e superação. Cada passo, por menor que seja, reflete a dedicação de uma família que se recusa a deixar que a doença defina a identidade de seu filho. Este relato reforça a importância de investir em informação, acolhimento e inclusão – pilares essenciais para transformar desafios em conquistas.
No espaço Relatos Médicos da Clin Kids, seguimos comprometidos em dar voz às histórias que inspiram e conscientizam sobre doenças raras ou não. Que a experiência do Israel e de sua família sirva de exemplo para todos, mostrando que, com apoio e determinação, é possível transformar a adversidade em força.

Clin Kids – Onde Cuidado e Empatia se Encontram
A Clin Kids conta com especialistas dedicados ao atendimento de crianças portadoras de Osteogênese Imperfeita.

 

Dra. Denise Bedoni – Diretora Clínica da Clin Kids – Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Síndrome de Asperger: o que os pais precisam saber?

No dia 18 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, uma data importante para conscientizar e esclarecer sobre essa condição que faz parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mas o que isso significa na prática? Como identificar e apoiar uma criança com esse diagnóstico? Vamos traduzir esse conceito para que os pais possam entender melhor.

O que é a Síndrome de Asperger?

A Síndrome de Asperger é uma forma de autismo caracterizada por dificuldades na interação social, padrões de comportamento repetitivos e interesses intensos e específicos. Diferente de outras formas do TEA, crianças com Asperger geralmente não apresentam atraso significativo no desenvolvimento da linguagem ou na capacidade cognitiva.

“As crianças com Asperger têm um jeito único de ver o mundo. Muitas vezes, são extremamente detalhistas e apaixonadas por temas específicos, como astronomia, dinossauros ou tecnologia. Essa intensidade pode ser uma grande força quando bem compreendida e estimulada.” – afirma a pediatra Denise Bedoni, da Clin Kids.

Como a Síndrome de Asperger se apresenta na infância?

Os sinais podem variar, mas algumas características comuns incluem:

  • Dificuldade em entender normas sociais – como interpretar expressões faciais ou tom de voz.
  • Pouco interesse em interações sociais – a criança pode preferir atividades solitárias ou ter dificuldades em manter conversas.
  • Hipersensibilidade sensorial – incômodo com sons altos, texturas ou luzes fortes.
  • Fala formal ou muito detalhada – podem usar vocabulário avançado para a idade.
  • Movimentos repetitivos ou rotina rígida – resistência a mudanças e padrões repetitivos de comportamento.

“Cada criança é única. Algumas podem ter dificuldades em fazer amigos, enquanto outras são extremamente comunicativas, mas não percebem nuances sociais, como ironias e brincadeiras.” – explica Dra. Denise.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da Síndrome de Asperger é clínico, ou seja, baseado na observação do comportamento da criança e em relatos dos pais e professores. É fundamental que seja feito por uma equipe multidisciplinar, incluindo pediatras, neurologistas e psicólogos.

“Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhor. A intervenção precoce ajuda a criança a desenvolver habilidades sociais e lidar com desafios de forma mais tranquila.” – ressalta a Pediatra.

Tratamento e acompanhamento

Não há um tratamento único para a Síndrome de Asperger, mas algumas abordagens podem ajudar a criança a se desenvolver melhor:

  • Terapia comportamental – para ensinar habilidades sociais e de comunicação.
  • Apoio psicológico – para ajudar na regulação emocional.
  • Acompanhamento pedagógico – adaptações na escola podem ser necessárias.
  • Atividades estruturadas – como esportes ou artes, que ajudam na socialização e coordenação motora.

“A chave para o sucesso é a compreensão e o apoio. Crianças com Asperger podem ter talentos excepcionais e precisam de um ambiente que valorize suas habilidades e respeite suas dificuldades.” – conclui Dra. Denise Bedoni.

O papel dos pais

O suporte da família é essencial. Incentivar a criança, respeitar suas particularidades e buscar informações são atitudes que fazem toda a diferença no desenvolvimento e na autoestima dela.

Se você suspeita que seu filho possa ter Asperger ou outra condição dentro do espectro autista, procure um especialista. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais oportunidades a criança terá de desenvolver todo o seu potencial.

Dra. Denise Bedoni
Diretora Clínica da Clin Kids
Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.