Epilepsia na Infância: Tudo o que Você Precisa Saber

No dia 12 de fevereiro, celebramos o Dia Internacional da Epilepsia, uma data importante para conscientizar a população sobre essa condição neurológica que afeta milhões de pessoas, incluindo muitas crianças. A seguir, explicamos o que é a epilepsia, como é feito o diagnóstico e quais são as possibilidades de tratamento para os pequenos.

O que é a Epilepsia?

A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas recorrentes. Essas crises são episódios de atividade elétrica anormal no cérebro, que podem causar alterações momentâneas na consciência, nos movimentos, nas sensações ou no comportamento da criança. A condição pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, lesões cerebrais ou infecções.

Embora a epilepsia possa ser preocupante, muitas crianças conseguem levar uma vida normal com o tratamento adequado.

Como é feito o Diagnóstico?

O diagnóstico da epilepsia na infância é baseado em uma combinação de avaliação clínica, histórico médico e exames complementares. Os principais passos incluem:

  • Histórico detalhado: O médico investiga os episódios relatados, como duração, frequência e tipo de sintomas.
  • Exame físico e neurológico: Para identificar sinais de comprometimento neurológico.
  • Eletroencefalograma (EEG): Exame que mede a atividade elétrica do cérebro e é importante para identificar padrões associados às crises epilépticas.
  • Exames de imagem: Como a ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC), para investigar possíveis alterações estruturais no cérebro.
  • Exames laboratoriais: Para descartar outras condições ou fatores desencadeantes, como infecções ou distúrbios metabólicos.

Tratamento da Epilepsia na Infância

O tratamento da epilepsia infantil é altamente individualizado e tem como objetivo principal controlar as crises, melhorar a qualidade de vida e minimizar os efeitos colaterais. As principais terapias incluem:

  • Medicamentos anticonvulsivantes: Como a primeira linha de tratamento para controlar as crises.
  • Mudanças no estilo de vida: Para garantir uma rotina equilibrada, evitar privação de sono na criança e identificar possíveis gatilhos para as crises, como luzes piscantes.
  • Dieta cetogênica: Em alguns casos, essa dieta rica em gorduras e pobre em carboidratos pode ajudar a controlar as crises, especialmente em casos de epilepsia refratária (quando os medicamentos não têm efeito satisfatório).
  • Tratamento cirúrgico: Para casos graves e refratários, pode ser considerada a remoção da área do cérebro onde as crises se manifestam.
  • Estimulação do nervo vago: Um dispositivo implantado no corpo pode ajudar a reduzir a frequência das crises em algumas crianças.

A Importância do Suporte

Além do tratamento médico, é fundamental oferecer suporte emocional à criança e à família. Conversar com professores, cuidadores e colegas pode ajudar a promover um ambiente acolhedor e inclusivo.

Na Clin Kids, contamos com uma equipe multidisciplinar preparada para diagnosticar, tratar e acompanhar crianças com epilepsia, garantindo um atendimento integral e humanizado.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

IMC: O que é e por que importa para o seu filho?

A obesidade infantil é uma condição que exige atenção e intervenção precoce. De acordo com as novas diretrizes da American Academy of Pediatrics (AAP), divulgada em janeiro de 2025, os médicos da atenção primária devem tratar a obesidade em crianças e adolescentes de forma agressiva, incluindo o uso de medicamentos e até cirurgia bariátrica quando necessário, em vez de apenas adotar uma conduta passiva e aguardar que o problema se resolva espontaneamente. Isso reforça a importância do monitoramento constante do crescimento infantil e do uso de ferramentas como o IMC para detecção precoce de alterações no peso.

O que é o IMC?

O IMC é um cálculo que utiliza duas medidas básicas: peso e altura. Com esses dados, é possível avaliar se o peso de uma pessoa está dentro de uma faixa considerada saudável. No caso das crianças, essa avaliação é ainda mais detalhada, pois considera também a idade e o sexo, refletindo as mudanças naturais que acontecem durante o crescimento.

Por que o IMC é importante para as crianças?

O IMC infantil é usado como um ponto de partida para identificar se a criança pode estar:

  • Com baixo peso
  • Com peso adequado
  • Com sobrepeso ou obesidade

Essas informações ajudam os profissionais de saúde a monitorar o desenvolvimento físico e prevenir problemas relacionados tanto à desnutrição quanto ao excesso de peso, como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono e doenças cardiovasculares.

“O IMC é uma ferramenta prática e acessível, mas deve ser analisado em conjunto com outros dados, como a curva de crescimento, a composição corporal e fatores genéticos e ambientais. Cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento, e o acompanhamento profissional é essencial.” – explica o Dr. André Ruzzi, endocrinologista pediátrico da Clin Kids.

Como o IMC é calculado?

A fórmula do IMC é a seguinte: 📏 Peso (kg) ÷ Altura (m²)

Embora pareça um cálculo simples, sua interpretação requer critérios específicos. O pediatra utiliza gráficos de referência baseados na idade e no sexo da criança para classificar o resultado de forma adequada.

IMC sozinho não basta

É importante lembrar que o IMC é apenas uma das ferramentas usadas na avaliação da saúde infantil. Ele não considera, por exemplo, a composição corporal (quantidade de gordura, músculo e ossos), a distribuição da gordura e outros fatores que influenciam o crescimento saudável. Por isso, é fundamental não interpretar os números isoladamente e sempre contar com a avaliação de um profissional.

“Os pais devem lembrar que uma alimentação balanceada é a chave para um desenvolvimento saudável. Uma dieta rica em nutrientes não apenas contribui para manter o IMC na faixa adequada, mas também favorece o crescimento, a imunidade e a saúde metabólica da criança.” – afirma a nutricionista infantil Luiza Briet.

Dicas para manter o IMC na faixa ideal

  • Alimentação equilibrada: Priorize alimentos naturais, com variedade de frutas, verduras, proteínas e carboidratos de qualidade.
  • Atividade física: Incentive brincadeiras ao ar livre e a prática de esportes, evitando o sedentarismo.
  • Rotina saudável: Garanta uma boa noite de sono e estabeleça limites para o uso de telas.
  • Acompanhamento médico: Realize consultas periódicas com o pediatra para monitoramento do crescimento e desenvolvimento.

A Clin Kids conta com um serviço especializado no Tratamento Multidisciplinar da Obesidade Infantil, que inclui endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos para um acompanhamento completo e personalizado.

 

 

 

Dr. André Ruzzi
Pediatra da Clin Kids

 

 

 

Dra. Luiza Briet
Nutricionista esportiva e infantil da Clin Kids

 

 

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Fevereiro Laranja: Atenção aos Sinais e Sintomas da Leucemia Infantil

Fevereiro é o mês da conscientização sobre a leucemia. A campanha Fevereiro Laranja alerta para a importância do diagnóstico precoce da leucemia, uma doença silenciosa que pode se manifestar de maneira sutil e, por isso, exige atenção redobrada dos pais e profissionais de saúde.

A leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, comprometendo a capacidade do organismo de combater infecções. Quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de um tratamento eficientes e bem-sucedido.

Quais são os sinais e sintomas da leucemia infantil?

Os sintomas podem ser confundidos com doenças comuns da infância, o que reforça a necessidade de avaliação pediátrica em casos persistentes. Fique atento aos sinais:

  • Palidez inexplicada
  • Cansaço excessivo e fraqueza
  • Manchas roxas ou pequenos sangramentos sem motivo aparente
  • Febre persistente sem causa definida
  • Dores nos ossos e articulações
  • Gânglios inchados (pescoço, axilas, virilha)
  • Infecções frequentes
  • Perda de apetite e emagrecimento

“Pais e cuidadores devem estar atentos a esses sinais. Quando percebemos sintomas persistentes ou inexplicáveis, o ideal é buscar orientação médica rapidamente. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença.” – explica a Dra. Denise Bedoni, pediatra da Clin Kids.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da leucemia infantil é feito por meio de exames laboratoriais, como hemograma completo, mielograma e exames genéticos e de imunofenotipagem.

Tratamento e perspectivas

O tratamento da leucemia infantil pode variar conforme o tipo e estágio da doença, mas geralmente inclui quimioterapia, transfusão de sangue, transplante de medula óssea, terapia-alvo e imunoterapia.

“O tratamento evoluiu muito nas últimas décadas, e hoje a taxa de cura para alguns tipos de leucemia infantil pode chegar a 90%. O mais importante é iniciar o acompanhamento médico o quanto antes.” – destaca a Dra. Denise Bedoni.

Fevereiro Laranja: Mobilize-se pela Conscientização!

Dra. Denise Bedoni
Diretora Clínica da Clin Kids
Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

 

Como reconhecer cáries e problemas ortodônticos em crianças causados pelo uso da chupeta?

Cuidar da saúde bucal das crianças é fundamental para um desenvolvimento saudável e para prevenir futuras complicações. As cáries são uma condição comum, mas podem ser facilmente identificadas se os pais estiverem atentos a alguns sinais.

Reconhecendo Cáries em Crianças

As cáries são uma das condições mais frequentes na infância. Aqui estão alguns sinais que podem indicar a presença de cáries:

  • Manchas Brancas ou Escuras: o primeiro sinal pode ser o aparecimento de manchas brancas nos dentes. Com o tempo, essas manchas podem se tornar marrons ou pretas.
  • Dor de Dente: se a criança reclama de dor ao mastigar ou sensibilidade a alimentos quentes ou frios, isso pode indicar cáries.
  • Mau Hálito: um hálito forte e persistente, mesmo após a escovação, pode ser um sinal de problemas dentários.
  • Dificuldade em Comer: se a criança mostra resistência a comer certos alimentos, especialmente os duros, pode estar com dor de dente.

Questões Ligadas ao Uso da Chupeta

O uso prolongado da chupeta também impacta na saúde bucal das crianças. Aqui estão algumas considerações importantes:

  • Higiene da Chupeta: manter a chupeta limpa é essencial para evitar a proliferação de bactérias que podem causar cáries. As chupetas devem ser lavadas regularmente e esterilizadas, conforme as recomendações do fabricante.
  • Alterações na Mastigação e Fala: O uso excessivo da chupeta pode dificultar o desenvolvimento da mastigação adequada e interferir na articulação dos sons, impactando a fala da criança.

A Importância da Avaliação Profissional

É fundamental que os pais consultem um dentista pediátrico regularmente. “A prevenção é a chave para evitar problemas bucais. Realizar consultas regulares ajuda a identificar cáries e outras questões de saúde bucal precocemente”, afirma a cirurgiã dentista, Mirela Pereira, especialista em Especialista em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares e Capacitada em Laserterapia da Clin Kids.

Estar atento aos sinais de cáries e às consequências do uso de chupetas é crucial para manter a saúde bucal das crianças. Além de observar esses sintomas, é fundamental incentivar bons hábitos de higiene oral e programar visitas regulares ao dentista. A saúde bucal é um pilar fundamental para o bem-estar geral e o desenvolvimento saudável das crianças.

Mirela Ribeira Pereira
Cirurgiã Dentista Infantil, Especialista em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares e Capacitada em Laserterapia.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Principais acidentes com crianças nas férias, como prevenir e o que orientam os especialistas?

O período de férias é sempre aguardado com ansiedade pela família, especialmente pelas crianças. No entanto, esse período também traz uma série de riscos à saúde e segurança dos pequenos. Para garantir que as férias sejam de diversão e tranquilidade, é fundamental que os pais estejam atentos aos principais acidentes que podem ocorrer e saibam como preveni-los e quais são as orientações dos especialistas.

A seguir, listamos os acidentes mais comuns durante as férias e como garantir a segurança das crianças:

  1. Afogamento em piscinas e praias

As atividades aquáticas são uma das grandes atrações das férias. Porém, o risco de afogamento aumenta, especialmente quando as crianças estão sozinhas ou sem a supervisão de um adulto.

O que fazer:
A prevenção é a chave. “Nunca deixe uma criança sozinha perto da água, mesmo que esteja em uma piscina rasa”, alerta a pediatra Denise Bedoni. “Ensinar as crianças a nadarem desde cedo e usar coletes ou boias de braços também são medidas essenciais.”

Além disso, é fundamental que os pais estabeleçam regras claras sobre quando e onde as crianças podem entrar na água.

  1. Queimaduras de Sol

As altas temperaturas do verão exigem cuidados redobrados com a exposição ao sol. Crianças têm a pele mais sensível e, por isso, estão mais vulneráveis a queimaduras solares, que podem ser dolorosas e prejudiciais à saúde a longo prazo.

O que fazer:
“Aplique protetor solar de amplo espectro em todas as partes expostas do corpo da criança, mesmo em dias nublados”, aconselha Dra. Denise Bedoni. “Reaplique a cada 2 horas, especialmente se a criança estiver suando ou nadando.” É importante também usar chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV.

Evite a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, quando os raios solares são mais intensos.

  1. Acidentes com Brinquedos e Atividades Físicas

Brincadeiras ao ar livre, esportes e o uso de brinquedos de alta velocidade são atividades comuns no período de férias. No entanto, elas podem resultar em quedas, fraturas e outros tipos de lesões.

O que fazer:
“Certifique-se de que as crianças usem equipamentos de segurança adequados para atividades como patins, skate ou bicicleta”, comenta o ortopedista Dr. Carlos H. Sutton. “Além disso, é importante escolher brinquedos adequados para a faixa etária, sempre verificando se estão em boas condições.”

A supervisão constante durante as brincadeiras ao ar livre também é essencial para evitar acidentes.

  1. Intoxicações Alimentares

Durante as férias, é comum que as crianças consumam alimentos diferentes, como os servidos em festas, praças de alimentação ou em viagens. Isso pode aumentar o risco de intoxicações alimentares, especialmente se os alimentos não foram armazenados ou preparados adequadamente.

O que fazer:
“Certifique-se de que os alimentos sejam frescos e preparados em condições adequadas de higiene”, orienta a pediatra. “Evite que as crianças comam alimentos de vendedores ambulantes, pois a qualidade e o armazenamento podem ser comprometidos.”

Além disso, é fundamental lavar as mãos com frequência, principalmente antes das refeições.

  1. Acidentes Domésticos

As férias podem significar mais tempo dentro de casa, e com isso, as crianças ficam mais propensas a se envolver em acidentes domésticos, como quedas, queimaduras com utensílios de cozinha e intoxicações por produtos de limpeza.

O que fazer:
“A segurança dentro de casa começa com a organização e a adaptação do ambiente para o acesso das crianças”, diz Dra. Bedoni. “Use protetores de tomadas, mantenha produtos de limpeza fora do alcance das crianças e tenha cuidado redobrado com objetos pontiagudos ou cortantes.”

É também importante que os pais orientem as crianças sobre os perigos dentro de casa e estabeleçam regras claras de comportamento.

  1. Acidentes de Trânsito

Viagens e passeios em família aumentam o tráfego de veículos nas férias. Embora os pais se preocupem com a segurança de seus filhos dentro de casa, a segurança no trânsito também é crucial.

O que fazer:
“A segurança no trânsito começa com o uso correto de cadeirinhas e cintos de segurança. Além disso, no caso de viagens longas, planeje paradas regulares para descanso e nunca deixe uma criança sozinha no carro”.

Dra. Denise Bedoni
Diretora Clínica da Clin Kids

Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Dr. Carlos H. Sutton
Especialista em Ortopedia Infantil

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Hemofilia: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento infantil

A hemofilia é uma doença genética rara que afeta a capacidade do sangue de coagular corretamente, levando a um risco elevado de sangramentos prolongados e graves. Este distúrbio, embora não tenha cura, pode ser tratado e controlado com cuidados adequados, permitindo que a criança tenha uma vida saudável e ativa. Neste conteúdo, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber sobre a hemofilia e como cuidar da saúde do seu filho de forma segura e eficiente.

O que é a Hemofilia?

A hemofilia é uma doença hereditária causada pela falta ou deficiência de proteínas responsáveis pela coagulação do sangue. Ambas as formas têm herança genética e são mais frequentes em meninos.

Existem dois tipos principais da doença:

  • Hemofilia A: forma mais comum, caracterizada pela falta do fator VIII de coagulação.
  • Hemofilia B: também conhecida como “doença de Christmas”, é causada pela deficiência do fator IX.

Principais Sinais e Sintomas em Crianças

Os sintomas da hemofilia podem variar de leves a graves, dependendo do grau de deficiência do fator de coagulação. As crianças com hemofilia podem apresentar:

  • Sangramentos frequentes: hematomas fáceis, sangramentos nas gengivas, nariz e articulações (principalmente tornozelos, joelhos e cotovelos).
  • Hemorragias espontâneas: sangramentos internos que podem ocorrer sem causa aparente, especialmente nas articulações e músculos.
  • Dificuldade de cicatrização: feridas que demoram mais tempo para parar de sangrar.
  • Dor nas articulações: devido a hemorragias internas, o que pode resultar em inchaço e dor, afetando a mobilidade da criança.
  • Sangramento excessivo após pequenos cortes ou procedimentos médicos, como vacinas ou extração de dentes.

Se você observar algum desses sinais, é fundamental buscar orientação médica para que o diagnóstico seja feito o quanto antes.

Como é Feito o Diagnóstico de Hemofilia?

O diagnóstico de hemofilia é realizado por meio de exames laboratoriais que verificam a quantidade e a funcionalidade dos fatores de coagulação no sangue. O principal exame é o teste de coagulação, que mede a atividade dos fatores VIII e IX.

Além disso, é importante um histórico médico completo, com ênfase em antecedentes familiares, já que a hemofilia é uma condição hereditária.

Tratamento Infantil para Hemofilia

Embora a hemofilia não tenha cura, com o tratamento adequado, as crianças podem levar uma vida normal. O tratamento visa prevenir e controlar os episódios de sangramentos, minimizando o risco de complicações. Os principais métodos de tratamento incluem:

  • Reposição de Fatores de Coagulação: a base do tratamento é a reposição do fator VIII ou IX, dependendo do tipo de hemofilia. Esse tratamento é administrado por via intravenosa, de acordo com a necessidade da criança. Ele pode ser feito em sessões regulares ou sempre que necessário, em casos de hemorragias.
  • Tratamento profilático: em alguns casos, especialmente em crianças com hemofilia grave, pode ser recomendado o tratamento profilático, que consiste na administração regular do fator de coagulação para prevenir sangramentos antes que ocorram.
  • Medicamentos para controlar sintomas: para aliviar os sintomas de dor, inchaço ou hemorragias nas articulações, o médico pode recomendar medicamentos para controlar a inflamação.
  • Cuidados fisioterápicos: quando há danos nas articulações devido a sangramentos repetidos, a fisioterapia é indicada para fortalecer os músculos e melhorar a mobilidade das articulações afetadas.

Como Acompanhar o Tratamento de uma Criança com Hemofilia?

O acompanhamento médico regular é essencial para o controle da hemofilia. A criança deve ser monitorada por uma equipe de profissionais, incluindo pediatra, hematologista e fisioterapeuta, para ajustar o tratamento de acordo com as necessidades específicas de cada caso.

Além disso, é importante que os pais estejam atentos à proteção da criança, evitando atividades que possam resultar em lesões graves e monitorando possíveis sangramentos.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Quais os perigos da desidratação infantil?

A desidratação infantil é um dos principais riscos à saúde das crianças, especialmente durante períodos de calor intenso ou em casos de doenças como diarreias e vômitos. Embora muitas vezes subestimada, a desidratação pode evoluir rapidamente, colocando a vida da criança em perigo. A seguir, confira mais informações sobre o que é a desidratação, como reconhecê-la e o que fazer para preveni-la e tratá-la.

Este conteúdo faz parte da nossa editoria Guia de Doenças, no blog da Clin Kids, onde você encontra informações essenciais para cuidar da saúde das crianças.

O que é desidratação infantil?

A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que ingere, resultando em um desequilíbrio que compromete diversas funções corporais. Em crianças, esse quadro pode surgir rapidamente devido à maior proporção de água no corpo e ao metabolismo acelerado.

Principais causas da desidratação em crianças:

– Doenças gastrointestinais: diarreias e vômitos são os fatores mais comuns que levam à desidratação.

– Febre: a elevação da temperatura corporal aumenta a perda de líquidos.

– Calor excessivo: exposição ao sol ou ambientes quentes pode causar suor excessivo e perda de água.

– Ingestão inadequada de líquidos: bebês e crianças pequenas dependem de adultos para garantir a hidratação adequada.

Sinais de alerta para desidratação:

Os sintomas variam de acordo com o grau da desidratação, podendo ser leves, moderados ou graves:

– Leve a moderada: boca seca, irritabilidade, sede, diurese reduzida (menos fraldas molhadas ou urina escura).

– Grave: sonolência, olhos fundos, taquicardia, extremidades frias e ausência de urina por mais de oito horas.

“É fundamental que os pais fiquem atentos a qualquer mudança no comportamento da criança, pois a desidratação grave pode evoluir para um quadro de choque hipovolêmico”, alerta Dra. Daniela Garcia, pediatra da Clin Kids.

Como prevenir a desidratação infantil?

Manter a hidratação adequada, oferecendo água com frequência, especialmente em dias quentes ou durante atividades físicas. Além disso, mantenha uma alimentação equilibrada, incluindo alimentos ricos em água, como frutas e vegetais.

É muito importante evitar exposição excessivas ao calor, preferencialmente, deixando as crianças em ambientes frescos e com o uso de roupas leves.

Monitore os sintomas: em caso de febre, vômito ou diarreia, intensifique os cuidados com a hidratação e busque orientação do pediatra.

Tratamento: o que fazer em casos de desidratação?

 Para casos leves a moderados, o uso de soluções de reidratação oral é recomendado e pode ser encontrado em farmácias, preparados em casa conforme orientações médicas.

Em casos graves, a hidratação intravenosa pode ser necessária, e a criança deve ser levada imediatamente ao Pronto Atendimento. “Nunca administre medicamentos por conta própria sem orientação de um profissional. Cada caso de desidratação tem suas particularidades”, reforça Dra. Daniela Garcia.

Dra. Daniela Garcia
Pediatra da Clin Kids

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Você sabe identificar os sinais de insolação em crianças? E como protegê-los?

A insolação é uma condição séria que ocorre quando o corpo de uma criança não consegue regular a temperatura, levando a um superaquecimento. Em dias de calor intenso, especialmente durante atividades ao ar livre, os pais devem estar atentos aos sinais e sintomas dessa condição. Reconhecer precocemente a insolação é essencial para prevenir complicações graves e garantir o bem-estar dos pequenos.

O que é insolação?

A insolação é caracterizada pelo aumento extremo da temperatura corporal, geralmente acima de 40°C, devido à exposição prolongada ao calor ou esforço físico em temperaturas elevadas. Crianças são mais vulneráveis porque seus corpos regulam a temperatura de forma menos eficiente do que os adultos.

Principais sinais e sintomas de insolação em crianças:

  • Febre alta sem sinais de infecção: a temperatura sobe rapidamente, sem febre causada por vírus ou bactérias.
  • Pele quente e seca: a criança pode parar de suar, mesmo em altas temperaturas, ou apresentar suor excessivo no início.
  • Confusão ou desorientação: mudanças no comportamento, como dificuldade para responder ou agitação, são sinais de alerta.
  • Dor de cabeça intensa: a criança pode reclamar de dores fortes, muitas vezes acompanhadas de tontura.
  • Náusea ou vômito: esses sintomas podem surgir junto com a sensação de mal-estar geral.
  • Fadiga ou fraqueza: a criança pode se sentir muito cansada, com dificuldade para manter-se acordada ou alerta.
  • Batimento cardíaco acelerado: o calor extremo pode causar taquicardia.
  • Convulsões: em casos graves, a insolação pode levar a convulsões.

O que fazer em caso de insolação?

Caso a criança apresente sinais de insolação, siga estas etapas imediatas:

  • Leve a criança para um local fresco e ventilado.
  • Remova o excesso de roupas.
  • Resfrie o corpo com compressas úmidas ou banho frio.
  • Hidrate a criança com água, se estiver consciente.
  • Procure atendimento médico imediato.

Atenção: A insolação é uma situação grave, por isso, caso a criança apresente confusão, desmaios ou temperatura corporal muito alta, procure imediatamente o serviço de emergência.

Como proteger as crianças do calor excessivo e insolação?

A insolação em crianças é um problema sério, mas pode ser evitada com cuidados simples e atenção redobrada em dias de calor. Ao notar qualquer sintoma, aja rapidamente e procure orientação médica.

  • Evite atividades ao ar livre entre 10h e 16h, quando o sol está mais forte.
  • Ofereça líquidos frequentemente, mesmo que a criança não peça.
  • Use roupas leves, de cores claras, e chapéus.
  • Aplique protetor solar com FPS adequado e incentive pausas na sombra durante brincadeiras.

“Crianças são naturalmente mais sensíveis ao calor, e a insolação pode se desenvolver rapidamente. Por isso, é essencial que os pais fiquem atentos a qualquer sinal de alerta e busquem ajuda médica ao menor indício. A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar complicações graves.” Afirma a pediatra e plantonista do Pronto Atendimento da Clin Kids, Dra. Laís Potenza.

Dra. Laís Potenza
Pediatra e Plantonista do Pronto Atendimento da Clin Kids

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O que é a Fontanela e por que ela é importante?

Na editoria Sopa de Letrinhas do blog da Clin Kids, explicamos de forma simples alguns termos médicos que podem gerar dúvidas nos pais e responsáveis. A palavra escolhida de hoje é Fontanela. Se você nunca ouviu falar desse termo, ele pode parecer complicado, mas não se preocupe, vamos descomplicar!

A Fontanela, também conhecida como “moleira”, é uma região do crânio dos bebês onde os ossos ainda não se fundiram completamente. Essas áreas, mais flexíveis, permitem o crescimento do cérebro durante os primeiros meses de vida, ajudando a acomodar o aumento de volume da cabeça do bebê.

É completamente normal e saudável ver essa região mais macia no início da vida do bebê, e ela vai se fechando naturalmente com o tempo, geralmente até o final do segundo ano de vida. Mas qual a importância disso? Para entender melhor, confira as explicações a seguir:

“A Fontanela é uma parte essencial do desenvolvimento craniano do bebê, pois permite a expansão do cérebro enquanto ele cresce. Além disso, a presença da moleira também ajuda os médicos a monitorar o crescimento da criança durante as consultas pediátricas. Embora os pais possam ficar preocupados, é importante destacar que, em condições normais, ela se fecha de forma natural e gradual, sem causar problemas”, comenta a pediatra da Clin Kids, Dra. Carolina Tieri.

Existem algumas alterações que podem ser observadas e, em certos casos, podem indicar problemas. Aqui estão situações que merecem atenção:

– Fontanela tensa e inchada: caso a moleira pareça estar mais alta, rígida ou inchada, isso pode ser um sinal de que o bebê está com febre ou infecção. Nessas situações, é fundamental buscar ajuda médica imediatamente.

– Fontanela fechando muito cedo: se a moleira fecha muito cedo, antes do tempo esperado, pode limitar o crescimento do cérebro e resultar em uma condição chamada craniossinostose. Isso pode afetar o desenvolvimento neurológico da criança e, por isso, deve ser investigado pelo pediatra.

– Fontanela muito dilatada ou aberta por muito tempo: por outro lado, se a moleira permanece aberta por muito tempo, pode ser um sinal de problemas no desenvolvimento ósseo ou de condições como a síndrome de Down ou hipotireoidismo.

Portanto, fique atento às mudanças na moleira do seu bebê e sempre consulte o pediatra caso note qualquer alteração. Como o especialista ressaltou, a maioria das vezes a fontanela segue seu processo de fechamento sem problemas, mas é sempre bom estar informado para garantir o bem-estar da criança.

 

Dra. Carolina Tieri
Pediatra da Clin Kids

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Homeopatia na Pediatria

A homeopatia é uma prática terapêutica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pode ser usada como tratamento em diversas doenças pediátricas. Sua abordagem é pautada no princípio de tratar o organismo estimulando a sua capacidade de autocura, e se apresenta como medicamentos em tintura ou diluídos provindos dos reinos: animal, mineral e vegetal. A homeopatia pode ser utilizada junto à tratamentos convencionais, sendo uma aliada importante em situações específicas, especialmente em crianças.

Como a homeopatia pode ajudar?

A prática homeopática tem como foco o paciente como um todo, considerando aspectos físicos, emocionais e comportamentais. Na Pediatria, pode ser usada em condições como:

Alergias respiratórias: rinite alérgica e asma.

Problemas de pele: dermatite atópica e alergias cutâneas leves.

Infecções recorrentes: otites, amigdalites e infecções respiratórias repetitivas.

Distúrbios do sono: dificuldades para dormir ou pesadelos frequentes.

Ansiedade e agitação: situações de estresse ou mudanças na rotina.

A homeopatia pode ser prescrita como um complemento no alívio de sintomas e na melhora do equilíbrio geral da criança.

A opinião da especialista

Para entender melhor sobre este assunto, conversamos com a Dra. Cristina Storni, pediatra e homeopata da Clin Kids, que em muitas situações, associa a homeopatia à medicina alopática. A homeopatia é uma excelente estratégia terapêutica, e pode ser prescrita também para aliviar sintomas, reduzir a frequência de episódios em doenças crônicas e em muitos sintomas emocionais, como ansiedade, depressão, irritabilidade e insônia.

A pediatra também ressalta que a avaliação de um profissional capacitado é indispensável: “Antes de iniciar qualquer tratamento, é fundamental realizar uma consulta detalhada para entender as necessidades específicas da criança e alinhar seu tratamento com os outros cuidados que ela já recebe.”

O papel da homeopatia no bem-estar infantil

A combinação entre a medicina tradicional e a homeopatia pode trazer benefícios significativos, especialmente em doenças que exigem acompanhamento contínuo.

Dra. Cristina Storni

Pediatra da Clin Kids.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.