Câncer Infantojuvenil: conheça os principais aspectos

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, celebrado em 23 de novembro, é uma oportunidade para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, são estimados aproximadamente 7.930 novos casos de câncer em crianças e adolescentes no Brasil, sendo 4.230 em meninos e 3.700 em meninas.

No Guia de Doenças de A a Z da Clin Kids, reunimos informações essenciais sobre o câncer em crianças e adolescentes, para que pais e responsáveis possam estar atentos.

O que é o câncer infantojuvenil?

O câncer infantojuvenil refere-se a um grupo de doenças que surgem devido ao crescimento anormal de células no organismo. Esses tumores podem aparecer em qualquer parte do corpo e têm características diferentes dos cânceres em adultos, sendo, em grande parte, relacionados a alterações genéticas e não a fatores ambientais.

Principais tipos de câncer infantojuvenil

Leucemias: câncer no sangue e na medula óssea, mais comum em crianças.

Tumores do sistema nervoso central: afetam o cérebro e a medula espinhal.

Linfomas: divididos em linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, que atingem o sistema linfático.

Neuroblastoma: surge no sistema nervoso simpático periférico, sendo mais frequente em crianças pequenas.

Tumor de Wilms: tumor renal que atinge crianças, geralmente antes dos 5 anos.

Sarcomas: incluem o osteossarcoma (ossos) e o rabdomiossarcoma (tecidos moles).

Retinoblastoma: tumor ocular, comum em crianças menores de 3 anos.

Sinais de alerta

Os sintomas do câncer infantojuvenil podem ser confundidos com doenças comuns na infância. Por isso, atenção aos seguintes sinais:

  • Febre persistente;
  • Palidez e cansaço excessivo;
  • Perda de peso inexplicada;
  • Nódulos ou inchaços em áreas como pescoço e abdômen;
  • Dor óssea ou articular;
  • Dores de cabeça constantes associadas a vômitos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce é a chave. Quando há suspeitas, o médico pode incluir exames de sangue, tomografias, ressonâncias magnéticas, biópsias e outros procedimentos.

Os tratamentos são personalizados e envolvem quimioterapia, cirurgia, radioterapia e transplante de medula óssea.

“O diagnóstico precoce, aliado a um tratamento multidisciplinar, pode elevar as taxas de cura para até 80% em alguns tipos de câncer infantojuvenil.” Comenta a pediatra da Clin Kids, Denise Bedoni.

O impacto do suporte emocional

Além dos cuidados médicos, o suporte psicológico para a criança e seus familiares é essencial para enfrentar os desafios do tratamento.

“A abordagem humanizada e o apoio psicológico fazem a diferença na qualidade de vida e na resposta ao tratamento dos pacientes.” reforça Bruna Marinho, Psicóloga Infantil da Clin Kids.

Atenção aos sinais

Embora muitos tipos de câncer na infância não sejam preveníveis, a atenção aos sintomas e o acompanhamento pediátrico regular são fundamentais para garantir um diagnóstico rápido e maiores chances de cura.

“A informação é uma aliada poderosa na luta contra o câncer infantojuvenil. Quanto mais famílias souberem identificar os sinais, maior a chance de salvar vidas.” enfatiza Dra. Denise Bedoni.

No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, a Clin Kids reforça seu compromisso com a saúde e bem-estar das crianças e adolescentes.

Dra. Denise Bedoni

Diretora Clínica da Clin Kids

Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Sopa de Letrinhas: entendendo o termo “Ostomizado”

Aqui no blog da Clin Kids, criamos a editoria “Sopa de Letrinhas” para ajudar você a entender melhor alguns termos médicos. Nossa ideia é traduzir o “mediquês” em palavras simples, ajudando pais e cuidadores a estarem mais informados sobre as necessidades de seus filhos. Nesta edição, vamos explicar o termo “Ostomizado”.

O que Significa Ser “Ostomizado”?

Ser ostomizado significa que a pessoa passou por uma cirurgia para criar uma abertura no corpo — chamada estoma — que permite a saída de fezes ou urina para fora do corpo, quando o intestino ou a bexiga não conseguem realizar essa função. Isso pode ocorrer por diferentes motivos, como doenças, traumas ou cirurgias.

“Ostomizados são pacientes que passaram por uma cirurgia onde foi necessário criar uma abertura na parede abdominal para eliminação de resíduos do corpo,” explica o cirurgião pediátrico da Clin Kids, Dr. Fernando Bedoni.

Em quais situações esse procedimento é comum na Pediatria?

Na Pediatria, a ostomia é menos comum que em adultos, mas, quando ocorre, geralmente é indicada em casos como:

  • Doenças congênitas: algumas crianças nascem com problemas no sistema digestivo ou urinário que requerem intervenção, como a doença de Hirschsprung, onde há ausência de células nervosas em partes do intestino, impedindo seu correto funcionamento.
  • Malformações: algumas malformações podem demandar uma ostomia temporária para que a criança tenha uma digestão e eliminação adequadas até ser possível uma correção cirúrgica definitiva.
  • Traumas: em casos mais raros, traumas abdominais graves também podem exigir esse tipo de procedimento.

“No contexto pediátrico, muitas vezes essas ostomias são temporárias, sendo uma solução até que a criança esteja pronta para uma cirurgia reparadora,” comenta o cirurgião.

Intercorrências: quando procurar ajuda imediata?

É importante que os pais ou cuidadores de uma criança ostomizada saibam reconhecer sinais de alerta que podem indicar complicações:

  • Infecção ao redor do estoma: se houver vermelhidão, inchaço, dor ou secreção com odor, pode ser sinal de infecção.
  • Hérnia no local do estoma: um volume que surge ao redor do estoma pode indicar uma hérnia, que precisa ser avaliada por um médico.
  • Obstrução ou problemas na saída de fezes ou urina: se a criança parece desconfortável ou se a saída dos resíduos diminui, é importante buscar ajuda.

“Essas intercorrências são comuns e, na maioria dos casos, têm soluções eficazes, mas exigem atenção imediata para evitar complicações maiores,” alerta Dr. Fernando Bedoni”.

Lembre-se, além do Ambulatório de Cirurgia Pediátrica, a Clin Kids conta com um Pronto-Atendimento especializado em saúde infantil.

Dr. Fernando Bedoni

Cirurgião Pediátrico da Clin Kids, formado pela Santa Casa de São Paulo.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

 

Como identificar os sinais e sintomas do diabetes em crianças?

O diabetes infantil é uma condição que exige atenção especial e pode ter um impacto significativo na saúde e na qualidade de vida das crianças. Reconhecer rapidamente seus sinais e sintomas é fundamental para um tratamento eficiente e permitir que a criança tenha uma vida normal e ativa.

O que é o diabetes infantil?

Na maioria dos casos, o diabetes em crianças é do tipo 1, uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem a insulina. Sem insulina suficiente, o corpo não consegue metabolizar corretamente a glicose, levando ao acúmulo de açúcar no sangue. O diabetes tipo 2, mais comum em adultos, também pode acometer crianças, especialmente com fatores de risco como obesidade e histórico familiar.

Sinais e Sintomas do Diabetes Infantil

É importante que pais e cuidadores fiquem atentos aos sinais que podem indicar diabetes em crianças. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Sede excessiva: a criança pede mais líquidos do que o comum.
  • Frequência urinária aumentada: a criança faz xixi em grandes quantidades e com mais frequência.
  • Perda de peso inexplicada: mesmo com o mesmo apetite ou até mesmo maior, a criança pode perder peso.
  • Cansaço extremo: a criança apresenta cansaço constante sem motivo aparente.
  • Fome excessiva: a criança sente fome constantemente, e come em grandes quantidades.
  • Irritabilidade e mudanças de humor.
  • Visão embaçada: a criança se queixas de dificuldade para enxergar, como “vista embaçada”.

“Os pais devem observar qualquer um desses sintomas, especialmente se aparecerem juntos. A sede excessiva e a perda de peso inexplicada, em particular, são sinais importantes que merecem atenção”, orienta Dr. André Ruzzi, pediatra da Clin Kids.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do diabetes infantil é feito por meio de exames de sangue, que medem os níveis de glicose. “O tratamento do diabetes tipo 1 inclui a administração de insulina, monitoramento contínuo da glicose, alimentação balanceada e atividade física. Com um bom controle, é possível que a criança tenha uma vida normal e ativa”, destaca o médico.

Convivendo com o Diabetes Infantil

A adaptação ao diagnóstico pode ser desafiadora, tanto para a criança quanto para a família. “É fundamental contar com uma equipe multidisciplinar que envolva pediatra, endocrinologista infantil, nutricionista e, muitas vezes, apoio psicossocial. Educar a família sobre como lidar com a condição é um passo essencial para garantir o bem-estar da criança”, acrescenta Dr. André Ruzzi.

Prevenção e Cuidados

Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenido, o diabetes tipo 2 pode ser evitado com um estilo de vida saudável. Manter uma alimentação equilibrada, incentivar atividades físicas regulares e evitar o excesso de peso são medidas que podem ajudar a reduzir o risco.

Se suspeitar de qualquer sintoma mencionado, procure um pediatra para uma avaliação detalhada. Detectar o diabetes precocemente é um passo fundamental para iniciar o tratamento adequado e proporcionar à criança a possibilidade de crescer com saúde e bem-estar.

Dr. André Ruzzi

Pediatra da Clin Kids

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Asma na Infância: o depoimento de Camila, mãe de Henrique e a importância do acompanhamento médico.

Desde os primeiros dias de vida, o acompanhamento pediátrico de Henrique já estava traçado com especial cuidado. Sua mãe, Camila, sabia da importância de uma atenção redobrada, pois a asma era uma presença constante na história de sua família. “Desde que nasceu, meu filho já começou seu acompanhamento pediátrico com uma especialista em pneumologia, por nossa família possuir asmáticos… e foi a melhor escolha. Já imaginávamos que o Henrique pudesse apresentar alguns sinais e, poder contar com essa assistência foi fundamental. Quando os sinais vieram, já sabíamos o que deveria ser feito e ele logo começou seu tratamento, o que facilitou o desempenho pulmonar e a qualidade de vida dele. Hoje, ele está controlado com seu tratamento a longo prazo e suas visitas à pneumologista a cada dois meses. Com isso, a vida dele é completamente normal para uma criança de 2 anos. Somos eternamente agradecidos a toda atenção dada a ele”, relata Camila.

A asma é uma condição respiratória crônica que pode afetar qualquer faixa etária, mas é especialmente importante reconhecer seus sinais durante a infância. Identificar a asma precocemente permite intervenções que ajudam a evitar crises e garantem que a criança tenha uma vida ativa e saudável.

O que é a asma?

A asma é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, levando à obstrução do fluxo de ar. Isso provoca sintomas como falta de ar, chiado no peito, tosse e sensação de aperto no peito. Esses sintomas podem variar de intensidade e muitas vezes pioram durante a noite ou em resposta a certos gatilhos, como alérgenos, infecções respiratórias ou esforço físico.

Diagnóstico

O diagnóstico da asma em crianças pode envolver uma avaliação clínica detalhada, incluindo histórico médico e familiar, exame físico e, em alguns casos, testes respiratórios, como a espirometria. O acompanhamento por um pediatra ou especialista em pneumologia infantil é fundamental para um diagnóstico correto.

Tratamento e Controle

O tratamento da asma inclui medicamentos de alívio rápido e de controle a longo prazo. Os broncodilatadores são usados em crises para relaxar a musculatura das vias aéreas, enquanto os corticosteroides inalatórios ajudam a reduzir a inflamação e prevenir sintomas. O tratamento é individualizado, e o acompanhamento regular com o especialista garante que os ajustes necessários sejam feitos, conforme a resposta da criança.

Prevenção de Crises

“A prevenção das crises envolve medidas que reduzem a exposição da criança a gatilhos como ácaros, poeira, pelos de animais e fumo passivo. Manter um ambiente limpo e arejado, além de acompanhar a vacinação da criança, ajuda a evitar infecções que podem desencadear crises asmáticas”, explica a pneumologista pediátrica da Clin Kids, Dra. Fatima Zirn.

“Relatos como o de Camila mostram que, com o diagnóstico e tratamento corretos, é possível controlar a asma e garantir que a criança tenha uma infância plena e ativa. O acompanhamento médico constante e a dedicação aos cuidados fazem toda a diferença, proporcionando uma vida de qualidade para crianças como o Henrique”, enfatiza a especialista.

Dra. Fatima Zirn

Pediatra/Especialista em Pneumologia Pediátrica pelo Hospital Menino Jesus e Pós-graduada em Nutrologia pela Boston University School of Medicine.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Surdez: como diagnosticar?

No dia 10 de novembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Surdez, uma data que reforça a importância da prevenção, do diagnóstico e tratamento da perda auditiva, especialmente em crianças. A surdez tem impacto significativo no desenvolvimento infantil, desde a linguagem até as relações sociais, por isso, é tão importante que pais, familiares e cuidadores estejam atentos aos sinais.

O que é a surdez?

A surdez é a perda parcial ou total da capacidade auditiva, que pode ocorrer em um ou ambos os ouvidos, além de ser classificada em graus: de leve a profunda. A perda auditiva pode ser congênita (presente desde o nascimento), ou surgir ao longo da vida seja em consequências de infecções, uso de medicamentos ototóxicos, exposição a ruídos intensos ou traumas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da surdez infantil é realizado por meio de testes específicos de triagem auditiva neonatal, como o teste da orelhinha, que deve ser feito ainda nos primeiros dias de vida. Testes adicionais, como audiometria e emissões otoacústicas, podem ser indicados após a triagem inicial (se necessário).

“A realização do teste da orelhinha é uma importante ferramenta para detectar precocemente qualquer alteração auditiva. Quanto antes for feito o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento, permitindo à criança um desenvolvimento mais próximo do normal,” destaca o Dr. Ulisses Ribeiro, especialista em otorrinolaringologia pediátrica da Clin Kids.

Tratamentos e intervenções

Dependendo do grau de perda auditiva, os tratamentos podem variar desde o uso de aparelhos auditivos, implantes cocleares até terapias de reabilitação auditiva e fonoaudiológica. “Com os avanços da tecnologia e da medicina, hoje existem diversas opções de tratamento que permitem à criança desenvolver até plenamente suas habilidades de comunicação,” afirma o especialista.

Quando se preocupar?

Pais e cuidadores devem estar atentos a sinais como falta de resposta a sons, atraso na fala ou desenvolvimento da linguagem, ou dificuldade em seguir instruções auditivas simples. Caso observe algum desses sinais, é essencial procurar um especialista para uma avaliação detalhada.

Na Clin Kids, estamos comprometidos em oferecer atendimento completo e acolhedor para o diagnóstico e acompanhamento das condições auditivas das crianças. O cuidado integral desde os primeiros dias faz toda a diferença.

Dr. Ulisses Ribeiro
Otorrinolaringologista da Clin Kids.

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

Doenças reumáticas na infância, quais são e como identificá-las?

Quando pensamos em doenças reumáticas, geralmente as associamos a adultos, mas as crianças também podem ser afetadas. No Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo (30 de outubro), é importante esclarecer que condições reumáticas como a artrite idiopática juvenil, o lúpus eritematoso sistêmico e a febre reumática, podem surgir na infância. Entender os sinais e buscar o tratamento adequado são essenciais para proporcionar uma vida saudável e ativa às crianças.

1. Artrite Idiopática Juvenil

A artrite idiopática juvenil é a doença reumática mais comum entre as crianças. Os sintomas mais comuns são manifestados por dor e inchaço nas articulações, rigidez, especialmente pela manhã, e, em alguns casos, febre persistente e irritação ocular. A artrite idiopática juvenil se divide em subtipos, como a oligoarticular (afetando até quatro articulações), a poliarticular (afetando cinco ou mais articulações) e a sistêmica, que além das articulações, pode envolver febre alta e manchas na pele.

“A artrite idiopática juvenil pode ser silenciosa no início, mas o impacto para a saúde é grande quando não tratado. A rigidez matinal e o inchaço frequente são sinais de alerta que os pais devem observar”, explica Dr. José Marcelo Tonella Manso, pediatra da Clin Kids.

2. Lúpus Eritematoso Sistêmico

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que, além das articulações, pode afetar vários órgãos, como pele, rins e coração. Em crianças, o lúpus costuma se manifestar apresentando manchas na pele (principalmente no rosto), cansaço, dores nas articulações, febre, sensibilidade ao sol e até queda de cabelo.

“Como o lúpus afeta vários órgãos, ele pode ser difícil de diagnosticar, pois os sintomas variam de criança para criança. Por isso, o acompanhamento médico pediátrico regular é tão importante para um diagnóstico mais precoce”, comenta o especialista.

3. Febre Reumática

Já a febre reumática, é uma complicação autoimune que surge normalmente após uma infecção de garganta causada pelos estreptococos. Mais comum em crianças entre 05 (cinco) e 15 (quinze) anos, a doença pode causar inflamação nas articulações, coração, pele e sistema nervoso. Os sintomas da febre reumática incluem febre, dor nas articulações, movimentos involuntários e manchas na pele.

“A prevenção é sempre o melhor remédio, por isso o tratamento precoce e correto das infecções de garganta é tão importante. Se a febre reumática se instalar, é fundamental seguir com um tratamento rigoroso para proteger o coração da criança”, alerta Dr. José Marcelo Tonella Manso.

4. Dermatomiosite Juvenil

Embora rara em crianças, a dermatomiosite juvenil é uma doença reumática caracterizada pela inflamação dos músculos e da pele. Ela pode causar fraqueza muscular progressiva, dificuldade para realizar atividades como correr ou subir escadas, além de erupções cutâneas, especialmente no rosto e nas articulações.

“A fraqueza muscular, acompanhada de lesões na pele, é um sinal típico da dermatomiosite juvenil. A fisioterapia e a medicação imunossupressora são fundamentais para o tratamento e recuperação das funções motoras”, complementa o médico.

Tratamento e Acompanhamento

As doenças reumáticas infantis exigem um tratamento personalizado, que pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores e terapias de reabilitação. O apoio psicológico também é importante, tanto o bem-estar físico quanto o emocional das crianças.

Dr. José Marcelo Tonella Manso
Pediatra da Clin Kids
Especialista em Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria com formação médica e residência em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Clink Kids realiza campanha de vacinação com desconto, nos dias 19 e 26 de outubro

Outubro é mês de cuidar da saúde e celebrar a infância.

Por isso, nos próximos sábados, dias 19 e 26 de outubro, das 7h às 19h, acontece na Clin Kids a campanha “Vacinação em Dia”.

São mais de 15 vacinas com até 20% de desconto, e parcelas de até 03 vezes no cartão de crédito (acima de R$300,00), sem juros.

Confira as doses disponíveis:

  • DPTA REFORTRIX – PENTAVALENTE
  • DTPA + IPV
  • FEBRE AMARELA
  • GRIPE
  • HEP A AD
  • HEP A INF
  • HEXAVALENTE
  • HPV QUADRIVALENTE
  • MENINGO ACWY
  • MENINGO B
  • PENTAVALENTE
  • PNEUMO 13
  • PNEUMO 15
  • PNEUMO 23
  • ROTAVÍRUS PENTA RV5
  • TRÍPLICE SRC
  • VARICELA

Não perca essa chance. É hora de garantir a proteção da sua família. Vacina é segura e salva vidas!

Quer saber mais? Mande uma mensagem no WhatsApp: (11) 5521-3993

Gêmeas com hérnia umbilical: uma coincidência especial

Quando se trata da saúde de nossas crianças, cada história é única e cheia de nuances. Mas recentemente, em nossa clínica pediátrica, recebemos um caso inusitado de gêmeas que precisaram passar por uma cirurgia para corrigir uma hérnia umbilical. As irmãs, Maria Alice e Maria Madalena, mostraram mais que tinham mais que semelhanças físicas, realmente uma coincidência incomum no dia a dia da Pediatria. 

O que é a hérnia umbilical?

A hérnia umbilical surge quando uma parte do intestino ou tecido abdominal se projeta através da parede abdominal, na região do cordão umbilical. Essa condição é bastante comum em recém-nascidos, principalmente em prematuros. Embora muitas hérnias umbilicais se fechem espontaneamente até os 6 meses de idade, alguns casos exigem intervenção cirúrgica mais cedo.

O caso das gêmeas

Maria Alice e Maria Madalena, nascidas prematuras de 34 semanas, já apresentavam sinais da hérnia umbilical desde a internação na UTI Neonatal. Passados quase cinco meses, e sem perspectiva de que o problema se resolveria sozinho, a mãe, Taynara, passou as gêmeas em consulta com o cirurgião pediátrico da Clin Kids, Fernando Bedoni. 

Como a consulta das meninas aconteceu separadamente, e uma em sequência da outra, em um primeiro momento, o cirurgião não se atentou que se tratava de gêmeas. Mas logo depois, reparando as semelhanças físicas e o mesmo sobrenome veio a surpresa: eram gêmeas, ambas com hérnia umbilical em que o procedimento cirúrgico seria necessário, e antes dos 6 meses, já que o problema se apresentava de forma significativa.

“Não é todo dia que acompanhamos um caso como o das gêmeas, principalmente pelo fato das duas terem o diagnóstico de cirurgia. Ficamos satisfeitos com o resultado do procedimento”, diz o cirurgião Fernando Bedoni.

A cirurgia e a recuperação

Ambas as meninas foram operadas no mesmo dia, e o resultado não poderia ser melhor. Graças ao cuidado e à experiência da equipe médica, Maria Alice e Maria Madalena estão completamente recuperadas. A mãe compartilhou sua gratidão, aliviada ao ver as filhas se recuperando e brincando juntas novamente.

“Desde a maternidade já sabíamos que a cirurgia era uma indicação real. Fizemos todos os exames, esclarecemos todas as dúvidas e deu tudo certo. Os procedimentos foram até que rápidos, e a cicatrização foi boa. As meninas estão com bastante saúde e cheias de energia”, conta a mãe Taynara. 

Importância da Avaliação Médica

A história das gêmeas só reforça a importância do acompanhamento médico regular. Cada criança é única e, em alguns casos, como o delas, a intervenção pode ser a melhor solução. Não menospreze sinais e sintomas, procure sempre o Pediatra. 

 


Fernando Bedoni
É cirurgião pediátrico da Clin Kids, formado pela Santa Casa de São Paulo.

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Disclaimer

Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público de forma em geral. Em hipótese alguma substitui uma consulta e/ou aconselhamento, pois somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico, e a prescrever o tratamento mais adequado para cada situação e tipo de paciente.

*Sobrenomes das pacientes e familiares foram preservados.

Postectomia, você sabe o que isso quer dizer?

Em nossa editoria “Sopa de Letrinhas, você sabe o que isso quer dizer?”, vamos descomplicar um termo que gera dúvidas nos pais: a postectomia. Aqui você conseguirá entender o que é a doença, como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos disponíveis, incluindo a cirurgia.

O que é postectomia?

A postectomia, também conhecida como circuncisão, é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção do prepúcio, ou seja, a pele que cobre a cabeça do pênis. Essa cirurgia pode ser realizada por motivos médicos ou religiosos, e é mais comum em recém-nascidos, embora também possa ser indicada em crianças mais velhas.

Quando a postectomia é indicada?

Existem várias razões pelas quais o Cirurgião Pediátrico pode recomendar a postectomia, tais como:

1. Fimoses: quando o prepúcio não pode ser facilmente retraído, causando dor ou dificuldade ao urinar.

2. Infecções: quando ocorrem infecções de pele ou do trato urinário frequentemente.

3. Higiene: quando há dificuldade em manter a higiene adequada da região.

4. Parafimose: quando você retrai o prepúcio, mas não consegue voltar a pele, causando um estrangulamento da glande e falta de fluxo sanguíneo na mesma, e muita dor, isso eh uma situação de urgência e deve-se procurar o pronto socorro rapidamente. Após um episódio de parafimose, a postectomia tem indicação absoluta.

5. Problemas Funcionais: quando afeta a saúde sexual ou a função urinária. Em caso de doenças renais ou da bexiga, a postectomia também pode ser indicada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico para a recomendação da postectomia é realizada durante uma consulta pediátrica, que realiza a avaliação física e considera os sintomas apresentados pelo pais e/ou pela criança. O pediatra então encaminha ao especialista, o cirurgião pediátrico que irá avaliar se há necessidade do tratamento cirúrgico.

Tratamentos

A postectomia é um procedimento cirúrgico que deve ser realizado por um cirurgião pediátrico. Aqui estão alguns pontos sobre o tratamento:

1. Anestesia: o procedimento pode ser feito com anestesia local ou geral, em crianças e mesmo adolescentes geralmente utiliza-se anestesia geral, por ser menos traumático e mais tranquilo para eles.

2. Recuperação: a recuperação geralmente é rápida, mas os pais devem seguir as orientações do médico para cuidados pós-operatórios, como manter a área afetada limpa, administrar analgésicos e monitorar sinais de infecção.

3. Acompanhamento: consultas são importantes para acompanhar a cicatrização e evitar complicações.

“A postectomia é um procedimento seguro, sem necessidade de internação prolongada e, quando indicado, traz alívio e previne infecções para muitas crianças. É fundamental discutir as opções com um pediatra/cirurgião pediátrico para seguir a melhor terapia. A Clin Kids conta com a estrutura de Hospital Dia para a realização desta e outras cirurgias”, comenta Dra. Tatiana Miranda Oliveira, cirurgiã pediátrica da Clin Kids.

Dica da Cirurgiã Pediátrica: existem algumas malformações penianasque podem serconfundidas com a fimose, mas que exigem uma cirurgia diferente da postectomia. Por isso, consulte sempre um especialista para evitar um procedimento que pode não trazer o melhor resultado para a criança. Lembrando que consultar um cirurgião pediátrico, não quer dizer que a cirurgia irá ocorrer, então, papais não tenham receio de buscar esse profissional.

Tatiana Miranda Oliveira
Cirurgiã Pediátrica da Clin Kids
Cirurgiã Pediátrica/Especialista em Urologia Pediátrica pelo Hospital Darcy Vargas, com título de especialista em cirurgia pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica.

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Tosse em Crianças: oque pode ser?

A tosse é um dos sintomas que mais acometem crianças e pode ser causada por diversos fatores. Na editoria “Sinais e Sintomas”, vamos explorar o que a tosse pode indicar e quais são doenças que podem estar associadas a este sintoma.

O que é a tosse?

A tosse é um reflexo natural do corpo para ajudar a “limpar” as vias respiratórias. Embora seja normal, a tosse persistente ou associadaa outros sintomas pode ser um sinal de que algo na saúde não vai bem.

Possíveis causas da tosse

1. Infecções Respiratórias: resfriados e gripes são as causas mais comuns de tosse em crianças. Geralmente, esses episódios são acompanhados de febre, coriza e dor de garganta.

2. Asma: a tosse pode ser um sintoma de asma, especialmente se for seca e ocorrer à noite ou durante exercícios e atividades físicas. Outros sinais estão associados como chiado no peito e dificuldade para respirar.

3. Alergias: a tosse alérgica pode ser desencadeada por pólen, poeira ou pelos de animais. Geralmente, a tosse alérgicaestá acompanhada por espirros e coceira nos olhos.

4. Pneumonia: essa infecção pulmonar pode causar tosse intensa, febre alta e dificuldade para respirar.

5. Bronquite: a inflamação dos brônquios pode levar a uma tosse persistente, muitas vezes com catarro, e surgir após resfriados.

Quando procurar ajuda?

É fundamental buscar orientação do pediatrase a tosse da criança for persistente, com catarro, e estiver acompanhada de dificuldade para respirar, dor no peito e febre.

“A tosse pode ser apenas um sintoma simples, mas é preciso ficar atento a outros sinais. Se a tosse persistir ou se agravar, não hesite em procurar um pediatra para uma avaliação mais detalhada. Além de consulta com especialistas, na Clin Kids você também pode contar com o nosso Pronto Atendimento”.

Fátima Zirn
Pediatra da Clin Kids
Pediatra/Especialista em Pneumologia Pediátrica pelo Hospital Menino Jesus e Pós-graduada em Nutrologia pela Boston UniversitySchoolof Medicine.

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