A epilepsia é uma das condições neurológicas mais comuns na infância — e também uma das que mais geram dúvidas nos pais. Afinal, nem sempre os sintomas são claros, e muitas vezes as primeiras crises passam despercebidas ou são confundidas com outros comportamentos.

Neste artigo do blog da Clin Kids, editoria Guia de Doenças, explicamos de forma simples o que é a epilepsia, como ela se manifesta, como é feito o diagnóstico e quais são as formas de tratamento.

O que é epilepsia?

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem se manifestar de várias formas: desde um olhar fixo por alguns segundos até convulsões com perda de consciência e movimentos involuntários.

Segundo a OMS, cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia. E sim, crianças também podem desenvolver a condição.

“A epilepsia pode ter causas genéticas, estruturais, infecciosas ou, em alguns casos, ser de causa desconhecida. Na infância, é muito importante ficar atento a sinais que podem parecer simples, mas indicam alteração na atividade cerebral.”  – explica Dra. Denise Bedoni, pediatra da Clin Kids.

Como a epilepsia aparece nas crianças?

Nem toda crise epiléptica é igual, e nem sempre ela envolve convulsões. Em algumas crianças, a crise se manifesta de forma mais sutil, como um momento em que a criança “desliga”, fica com o olhar parado ou faz movimentos repetitivos com as mãos ou a boca.

Esses episódios podem durar apenas alguns segundos, o que torna o diagnóstico um desafio. Mas são sinais importantes para investigar.

“Às vezes os pais relatam que a criança pisca muito, faz movimentos involuntários durante o sono ou parece ‘viajar’ com frequência. Esses comportamentos precisam ser avaliados com atenção.” – reforça a pediatra.

Quais são os sintomas mais comuns?

Os sintomas de epilepsia podem variar de acordo com o tipo de crise. Entre os mais comuns, estão:

  • Perda de consciência ou desmaios repentinos
  • Olhar fixo e sem resposta
  • Movimentos involuntários de boca, mãos ou membros
  • Contrações musculares rápidas (espasmos)
  • Rigidez corporal
  • Sonolência ou confusão após os episódios
  • Alterações no comportamento e no desempenho escolar

É importante lembrar que nem toda crise convulsiva é epilepsia, e nem toda epilepsia causa convulsões intensas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da epilepsia é clínico, feito a partir da observação dos episódios e do histórico relatado pelos pais. O exame mais utilizado para investigação é o eletroencefalograma (EEG), que analisa a atividade elétrica cerebral.

Em alguns casos, exames de imagem como ressonância magnética também podem ser solicitados.

“Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controlar as crises com segurança e garantir o desenvolvimento saudável da criança.” – complementa Dra. Denise Bedoni.

Epilepsia tem tratamento?

Sim! A epilepsia tem tratamento e, em muitos casos, pode ser completamente controlada com o uso de medicamentos anticonvulsivantes. O acompanhamento regular com o pediatra e, quando necessário, com o neurologista infantil, é fundamental para ajustar as doses e monitorar a evolução.

“Com o tratamento correto, a maioria das crianças com epilepsia leva uma vida normal: frequenta a escola, faz atividades físicas e convive com os amigos.” — comenta a médica.

Quando procurar ajuda?

Se você observou episódios estranhos ou repetitivos no comportamento do seu filho, não espere. Procure um pediatra de confiança. Quanto antes o diagnóstico for feito, mais eficaz será o controle das crises e o acompanhamento do desenvolvimento.

Na Clin Kids, nossa equipe está preparada para acolher, investigar e orientar da melhor forma as famílias que enfrentam essa jornada.

Dra. Denise Bedoni
Diretora Clínica da Clin Kids
Pediatra/Especialista em Neonatologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um médico está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.

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