A obesidade infantil é uma condição que exige atenção e intervenção precoce. De acordo com as novas diretrizes da American Academy of Pediatrics (AAP), divulgada em janeiro de 2025, os médicos da atenção primária devem tratar a obesidade em crianças e adolescentes de forma agressiva, incluindo o uso de medicamentos e até cirurgia bariátrica quando necessário, em vez de apenas adotar uma conduta passiva e aguardar que o problema se resolva espontaneamente. Isso reforça a importância do monitoramento constante do crescimento infantil e do uso de ferramentas como o IMC para detecção precoce de alterações no peso.
O que é o IMC?
O IMC é um cálculo que utiliza duas medidas básicas: peso e altura. Com esses dados, é possível avaliar se o peso de uma pessoa está dentro de uma faixa considerada saudável. No caso das crianças, essa avaliação é ainda mais detalhada, pois considera também a idade e o sexo, refletindo as mudanças naturais que acontecem durante o crescimento.
Por que o IMC é importante para as crianças?
O IMC infantil é usado como um ponto de partida para identificar se a criança pode estar:
- Com baixo peso
- Com peso adequado
- Com sobrepeso ou obesidade
Essas informações ajudam os profissionais de saúde a monitorar o desenvolvimento físico e prevenir problemas relacionados tanto à desnutrição quanto ao excesso de peso, como diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono e doenças cardiovasculares.
“O IMC é uma ferramenta prática e acessível, mas deve ser analisado em conjunto com outros dados, como a curva de crescimento, a composição corporal e fatores genéticos e ambientais. Cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento, e o acompanhamento profissional é essencial.” – explica o Dr. André Ruzzi, endocrinologista pediátrico da Clin Kids.
Como o IMC é calculado?
A fórmula do IMC é a seguinte: 📏 Peso (kg) ÷ Altura (m²)
Embora pareça um cálculo simples, sua interpretação requer critérios específicos. O pediatra utiliza gráficos de referência baseados na idade e no sexo da criança para classificar o resultado de forma adequada.
IMC sozinho não basta
É importante lembrar que o IMC é apenas uma das ferramentas usadas na avaliação da saúde infantil. Ele não considera, por exemplo, a composição corporal (quantidade de gordura, músculo e ossos), a distribuição da gordura e outros fatores que influenciam o crescimento saudável. Por isso, é fundamental não interpretar os números isoladamente e sempre contar com a avaliação de um profissional.
“Os pais devem lembrar que uma alimentação balanceada é a chave para um desenvolvimento saudável. Uma dieta rica em nutrientes não apenas contribui para manter o IMC na faixa adequada, mas também favorece o crescimento, a imunidade e a saúde metabólica da criança.” – afirma a nutricionista infantil Luiza Briet.
Dicas para manter o IMC na faixa ideal
- Alimentação equilibrada: Priorize alimentos naturais, com variedade de frutas, verduras, proteínas e carboidratos de qualidade.
- Atividade física: Incentive brincadeiras ao ar livre e a prática de esportes, evitando o sedentarismo.
- Rotina saudável: Garanta uma boa noite de sono e estabeleça limites para o uso de telas.
- Acompanhamento médico: Realize consultas periódicas com o pediatra para monitoramento do crescimento e desenvolvimento.
A Clin Kids conta com um serviço especializado no Tratamento Multidisciplinar da Obesidade Infantil, que inclui endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos para um acompanhamento completo e personalizado.
Dr. André Ruzzi
Pediatra da Clin Kids
Dra. Luiza Briet
Nutricionista esportiva e infantil da Clin Kids
Disclaimer: Este conteúdo tem como objetivo informar e educar o público em geral. Não substitui uma consulta médica. Somente um profissional de saúde está habilitado a fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento para cada caso.